Tentei matar dragões,
engoli meu próprio fogo,
sorri para alguns corações
e tolo, enganei-me;
fingi tanto naquele jogo.
Admirei-me no espelho,
em caretas e fáceis risos,
dei-me alguns conselhos
e surpreendi-me
com tanta falta de juízo.
Rezei para anjos poucos,
declarei a minha guerra.
Fui ao inferno na terra
e a salvação não me veio.
Admirei os outros, os loucos
e agora, na minha fé,
tristemente, já não creio.
Escrita estranha essa, da vida, à escrever bonito ou, às vêzes feio. À nos falar sorrindo ou, às vêzes meio...
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Silêncios
Já não me seguro mais
neste porto,
nesse corpo cansado
e já meio morto.
Já não me prendo mais
nesta casa,
nesta sala
onde a solidão me fala.
Já não me espero mais
nestas esquinas,
nem me consolo
nos olhares e retinas
dessas pobres meninas.
E já nem me falo,
prefiro silêncios e restos;
porque não me presto,
então, me calo.
neste porto,
nesse corpo cansado
e já meio morto.
Já não me prendo mais
nesta casa,
nesta sala
onde a solidão me fala.
Já não me espero mais
nestas esquinas,
nem me consolo
nos olhares e retinas
dessas pobres meninas.
E já nem me falo,
prefiro silêncios e restos;
porque não me presto,
então, me calo.
Ontem, outra morte
Foram tantas mortes
que me chegaram
e umas poucas vidas
só me restaram.
Nalgumas, morri de amor,
noutras, morri de dor.
Tantas vidas desperdiçadas
e outras, maltratadas,
na ânsia de acertos
e poucos nortes,
à me trazerem sorte.
E despi-me e depurei-me.
Com poucos corações, consolei-me.
Então, continuo igual,
tão fraco e tão forte.
Tão poucas vidas,
para tantas mortes !
que me chegaram
e umas poucas vidas
só me restaram.
Nalgumas, morri de amor,
noutras, morri de dor.
Tantas vidas desperdiçadas
e outras, maltratadas,
na ânsia de acertos
e poucos nortes,
à me trazerem sorte.
E despi-me e depurei-me.
Com poucos corações, consolei-me.
Então, continuo igual,
tão fraco e tão forte.
Tão poucas vidas,
para tantas mortes !
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