terça-feira, 26 de março de 2013

Arrogância

Não queria achar-me tudo isso;
achar que sou importante
para muitos ou para todos.
Queria achar-me um pouco menos,
achar que valho algo para alguns,
mas, gostar tanto desses poucos.


No entanto, acho-me único
e penso que amo muitos.
Sou um pobre homem;
tenho tantas roupas
e poucas me servem.
Tenho tantos defeitos
e penso que não os tenho.
Sou um arrogante.
E por ser assim, nada sou,
sinto-me por vêzes,

só, muito só.

Utopia

Se talvez, estivesse morto,
não desceria tanto,
encontraria sim, outro pranto
para me consolar,
ou, algum outro canto
para me servir de porto.


Se talvez, estivesse vivo,
desceria mais
e diria que tanto faz
ser pobre ou ser rico.
Viveria sim, na pobreza
ou quem sabe, na riqueza,
com a alegria que ela traz.


Se talvez, eu fosse outro,
ou fosse só eu mesmo,
teria uma outra esperança
de ser velho
ou de ser criança.

domingo, 10 de março de 2013

Pergunta


Perguntam-me porque em vez de

frequentar os bares da vida,

não vou encontrar Jesus nas

 igrejas, templos ou centros.



Se não insistem, não respondo.

Se insistem, digo que não

preciso ir ao encontro Dele.

Faz tempo que ele já veio

 ao meu encontro,

Instalou-se no meu coração

e o carrego sempre,

à todos os lugares para onde vou.


Inclusive aos aos botecos.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Choros e risos *

Todo poeta é solidão
e tristeza,
também ilusão
e beleza.
Todo poeta espelha em você
a dor que sente
e às vêzes, até mente
e a sua mentira
é igual um presente
pra quem queria mentir também.


Todo poeta é simples
e é belo;
conjuga dores e alegrias
e as dá a quem quiser
chegar ou partir,
a quem quiser
chorar ou sorrir.


* Simples homenagem
ao Chorão.