Poemo na primeira pessoa,
para segundos olhos lerem,
para terceiras almas terem.
Mas, não sei se sou eu
que falo de mim.
Não sei se são os outros
que me lêem assim.
O mundo e suas dores
cabem em letras tão miúdas.
Fazem de traços e linhas,
aquela saudade que se tinha.
Amores, tristezas e solidões,
é o que o poeta canta.
Abre sorrisos, chora lágrimas,
não se explica, mas encanta.
Poemo na primeira pessoa,
com segundas intenções.
Querendo pegar desprevenido,
querendo sentir espremidos
em mim, tantos corações.
Malvadeza, é só o que faz
todo poeta triste
Escrita estranha essa, da vida, à escrever bonito ou, às vêzes feio. À nos falar sorrindo ou, às vêzes meio...
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Constatação
A solidão.
Essa, embrulho em pequenos pacotes,
que guardo em meu coração.
E me conformo, quando penso
que ser só, é guardar lembranças
de quando era-se dois.
A saudade.
Essa, aliso com ferro quente,
desdobrando pregas,
desfazendo amassados.
E me transtorno, porque
não posso tira-la.
O passado.
Esse, estará em mim,
sempre presente
em cada novo dia que amanheça.
Essa, embrulho em pequenos pacotes,
que guardo em meu coração.
E me conformo, quando penso
que ser só, é guardar lembranças
de quando era-se dois.
A saudade.
Essa, aliso com ferro quente,
desdobrando pregas,
desfazendo amassados.
E me transtorno, porque
não posso tira-la.
O passado.
Esse, estará em mim,
sempre presente
em cada novo dia que amanheça.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Amargo
Saudades que me fazem mal.
Por isso, rezo aos meus mortos
e oro pelos meus vivos,
que não sei onde estão.
E recordo e acho alguma graça
de certos momentos vividos,
porque não consigo chorar.
Sentimentos que me caem igual
véu de lembranças amargas,
por não saberem ao certo,
de paragens e distâncias,
de querências e ânsias.
E porque abalam minha serenidade
nas lágrimas que não me caem,
só relembro e penso
nessas marcas que resistem
e que mesmo querendo, não saem.
Por isso, rezo aos meus mortos
e oro pelos meus vivos,
que não sei onde estão.
E recordo e acho alguma graça
de certos momentos vividos,
porque não consigo chorar.
Sentimentos que me caem igual
véu de lembranças amargas,
por não saberem ao certo,
de paragens e distâncias,
de querências e ânsias.
E porque abalam minha serenidade
nas lágrimas que não me caem,
só relembro e penso
nessas marcas que resistem
e que mesmo querendo, não saem.
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