terça-feira, 26 de maio de 2009

Café da manhã

Quero saber do teu infinito,
mesmo que tenha que dar-te o meu
e perder-me, para nunca mais me achar;
porque quando conto aos outros
que nada sei de ti, enlouqueço,
fazem troças e riem de mim,
como se louco eu fosse.
Então, digo que sou louco sim,
que sinto um amor daqueles raros,
amor de contemplação.
São olhares intensos e barulhentos,
olhares que gritam minha adoração.

Quero saber do teu infinito
e poder dizer que acordas com o cabelo revolto
e que o teu cheiro, pela manhã,
é cheiro de tantas coisas;
mistura de nós dois e da nossa noite.
Poder dizer que de manhã,
você toma café com leite
com bastante açucar
e por isso, também por isso,
és assim, tão doce !

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