Que triste amor, agora,
deitado em nossa cama,
tão melancólico chora,
dizendo que ainda ama.
Nossos cansados corpos
procuram tolas desculpas,
que hoje, estão tortos,
pesados de tantas culpas.
Ah ! Sofridas almas somos,
de tantos furtivos olhares,
restos do que outrora fomos;
separados, estamos pares.
Agora, valetes nós somos;
cabeças sempre contrárias
interrogando dedos calados,
perguntando o que fomos
em nossas vidas ordinárias,
nesses corpos mal amados.
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