sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Aridez

As pernas finas,
finas tripas feito cipós.
Os olhos secos,
secas rugas feito nós.
Carregando cacos,
pendurados sacos
de mamicas vazias,
onde já não mamam mais
filhas perdidas.

Um triste deserto,
decerto um ermo
de lonjuras e nadas;
de oásis, só um pedaço,
tiquinho de nada:
um coração
que carrega ainda
esperanças caducas,
que apesar de tudo,
teima e sobrevive.
Ainda.

Um comentário:

Vera Celms disse...

Respira, Leão, respira... que saudade!!! onde vc? Fiz o curso de ressucitação... massagem cardíaca e boca a boca... disfribilo vc e cuido... some não... tô com saudade... LEOA...