segunda-feira, 16 de março de 2009

Escárnio

Sou poeta, sou pateta,
sou patético ao escrever,
ao ver teu riso escárnio
escarrado em mim.
Eu, que um dia,
coube inteiro em ti,
agora, já não caibo aqui.

Sou pateta, sou poeta,
sou poético, à chorar
um blues ou um fado.
À sentir tua distância,
repugnância ou dó...
feliz, alegre talves,
ao saber-me tão só !

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