Êle estava a horas sentado naquele banco.
Pequeno, muito pequeno, perninhas penduradas,
olhava de um lado para outro, calado.
As pessoas entravam e saiam;
algumas falavam algo, outras, passavam a mão na sua cabeça,
mas, a maioria sequer reparava que êle estava ali.
No final da tarde, só êle e a moça da limpeza,
que curiosa, lhe perguntou se estava esperando alguém.
Inocência de gente pequena, respondeu que sim,
esperava a mãe.
O avô tinha dito que ela, a mãe, foi conversar com o
Papai do Céu e que voltaria logo.
Se não veio hoje, talves viesse amanhã.
Levantou-se, e cabisbaixo saiu.
A moça da limpeza suspirou, disfarçou uma lágrima
e fechou a porta da igreja.
Amanhã, outro dia de limpeza e de espera,
se Deus quiser.
Nenhum comentário:
Postar um comentário