Adiantou a própria morte
e só por isso, a mereceu.
Mas, deverias viver mais,
muito mais.
No fim, pouco adiantou;
morreu com pena
de tudo o que deixou,
morreu com ódio
de quem não perdoou.
Morreu antes do tempo
e só por isso, enlutou.
Mas, trouxe tantas lágrimas
aos olhos que te amavam;
olhares de alguém.
Poderias colher sorrisos,
que um pouco mais deles,
te fariam muito bem.
Preferiu prantos que regassem
as flores sobre teu caixão.
E por isso, apenas por isso,
não dou-te o meu perdão.
Escrita estranha essa, da vida, à escrever bonito ou, às vêzes feio. À nos falar sorrindo ou, às vêzes meio...
sexta-feira, 30 de abril de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Soneto para Ana
Essa distância me incomoda sim,
porque não posso te contemplar
nem teus tristes olhos, consolar,
fazer-te ser um pouco de mim.
Longe, procuro entender-te agora,
na tristeza que ora carregas
e quero, na impossível entrega,
consolar-te a lágrima que choras.
Eu, que tenho cá minhas solidões
e morro também, todos os dias,
quero ser um consolo para ti.
Dizer-te que de sonhos e ilusões,
tiramos arrimo donde não havia
e renascemos novamente, aqui.
porque não posso te contemplar
nem teus tristes olhos, consolar,
fazer-te ser um pouco de mim.
Longe, procuro entender-te agora,
na tristeza que ora carregas
e quero, na impossível entrega,
consolar-te a lágrima que choras.
Eu, que tenho cá minhas solidões
e morro também, todos os dias,
quero ser um consolo para ti.
Dizer-te que de sonhos e ilusões,
tiramos arrimo donde não havia
e renascemos novamente, aqui.
sábado, 24 de abril de 2010
Luto
Imagino que terminou mais um dia.
Fecho portas e janelas,
descanso a caneta sobre a mesa.
Poemas inacabados,
que poderão ser escritos
ou amassados;
bolinhas de papel na lixeira,
descartadas com um pouco de mim.
Sentimentos que por algum tempo,
ganharam vida nas linhas,
para logo se perceberem
tolices e desenganos.
Então, morreram juntas,
enlaçadas, querendo sobreviver.
Eu, poeta, cometo essas loucuras;
arranjo poesias em rimas ricas ou pobres,
arrumo letras que o coração descobre.
E, se não passo um minuto
sem uma nova escrita,
passo horas, dias sem palavra nova.
Calo-me, enlutado pelas letras que perdi
e mesmo sem querer chorar,
percebo que novamente, também morri.
Fecho portas e janelas,
descanso a caneta sobre a mesa.
Poemas inacabados,
que poderão ser escritos
ou amassados;
bolinhas de papel na lixeira,
descartadas com um pouco de mim.
Sentimentos que por algum tempo,
ganharam vida nas linhas,
para logo se perceberem
tolices e desenganos.
Então, morreram juntas,
enlaçadas, querendo sobreviver.
Eu, poeta, cometo essas loucuras;
arranjo poesias em rimas ricas ou pobres,
arrumo letras que o coração descobre.
E, se não passo um minuto
sem uma nova escrita,
passo horas, dias sem palavra nova.
Calo-me, enlutado pelas letras que perdi
e mesmo sem querer chorar,
percebo que novamente, também morri.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Brincadeira
Porque brinquei nos teus olhos,
mergulhei no profundo de ti,
me perdi em claros azuis
e nem notei que me perdi.
Porque sorri com teu sorriso
e sufoquei choros e gemidos
para não chorar em você,
enganei até meus sentidos.
Brincamos de amor, agora sei
e nossos brinquedos quebraram.
Olhares e risos não mais terei;
teus secos olhares me afogaram.
mergulhei no profundo de ti,
me perdi em claros azuis
e nem notei que me perdi.
Porque sorri com teu sorriso
e sufoquei choros e gemidos
para não chorar em você,
enganei até meus sentidos.
Brincamos de amor, agora sei
e nossos brinquedos quebraram.
Olhares e risos não mais terei;
teus secos olhares me afogaram.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Recato
Faz um poema tesudo,
que não combine
com esse teu rosto de anjo.
Que me faça pensar em ti
desavergonhadamente
e que depois, eu não fique
arrependido
dos pensamentos sacanas
que me vierem.
Escreve umas linhas
que não falem de amor;
daquele amor certinho
que anda tão longe de mim
ou, quem sabe, de nós.
Que sejam besteiras em poemas
ou, tesão em versos,
mas, que não me façam
ter medo de pensar em ti
de um jeito indiscreto.
Pode ser até secreto,
que guardo teu segredo.
Então, pelo menos uma vez,
escreve tudo, sem mêdo !
que não combine
com esse teu rosto de anjo.
Que me faça pensar em ti
desavergonhadamente
e que depois, eu não fique
arrependido
dos pensamentos sacanas
que me vierem.
Escreve umas linhas
que não falem de amor;
daquele amor certinho
que anda tão longe de mim
ou, quem sabe, de nós.
Que sejam besteiras em poemas
ou, tesão em versos,
mas, que não me façam
ter medo de pensar em ti
de um jeito indiscreto.
Pode ser até secreto,
que guardo teu segredo.
Então, pelo menos uma vez,
escreve tudo, sem mêdo !
Puro poema
Está na ponta da língua,
no bico dos teus seios,
entre os dentes, o gemido,
entre as pernas, no meio.
Nos dedos que te brailam,
na mão que se esfrega,
em tão demorados gozos,
em tudo que se entrega.
Nas bocas, minha e tua,
no macio grelo, falo duro;
está na pele suada e nua
o nosso poema mais puro.
no bico dos teus seios,
entre os dentes, o gemido,
entre as pernas, no meio.
Nos dedos que te brailam,
na mão que se esfrega,
em tão demorados gozos,
em tudo que se entrega.
Nas bocas, minha e tua,
no macio grelo, falo duro;
está na pele suada e nua
o nosso poema mais puro.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Alinhavo de saudade
Hoje, sem ter o que fazer,
acordei um pouco mais cedo;
mais tempo para chorar
ou, quem sabe, até sorrir.
Mais tempo para ficar
à espera do que há de vir.
Alinhavei, para ocupar mãos,
o bordado que homens fazem
naquele cantinho, escondidos,
quietos, para ninguém ver
seus alinhavos e cerzidos;
costuras d' algum bem querer.
Hoje, sem ter o que fazer,
fui buscar antigas lembranças
de amores que em mim viveram.
E isso, nem sempre conforta,
porque as lágrimas, vieram
e a saudade, bateu à porta.
acordei um pouco mais cedo;
mais tempo para chorar
ou, quem sabe, até sorrir.
Mais tempo para ficar
à espera do que há de vir.
Alinhavei, para ocupar mãos,
o bordado que homens fazem
naquele cantinho, escondidos,
quietos, para ninguém ver
seus alinhavos e cerzidos;
costuras d' algum bem querer.
Hoje, sem ter o que fazer,
fui buscar antigas lembranças
de amores que em mim viveram.
E isso, nem sempre conforta,
porque as lágrimas, vieram
e a saudade, bateu à porta.
sábado, 17 de abril de 2010
Tão fácil assim
Tão fácil assim,
esquecer de você, agora.
Não quero carregar nada,
de que não possa
me livrar depois.
Não quero levar
na minha mochila surrada,
coisas que não preciso.
Sentimentos demais,
atrapalham ou levam
à lugares dos quais
é difícil voltar.
Tão fácil assim,
me enganar outra vez.
Me engano à toda hora
e nunca fico satisfeito,
nem acho que isso
é lá algum defeito.
Então, te esqueço hoje,
dou-te as costas
e vou-me embora.
Se deixar para amanhã,
não te esquecerei jamais.
esquecer de você, agora.
Não quero carregar nada,
de que não possa
me livrar depois.
Não quero levar
na minha mochila surrada,
coisas que não preciso.
Sentimentos demais,
atrapalham ou levam
à lugares dos quais
é difícil voltar.
Tão fácil assim,
me enganar outra vez.
Me engano à toda hora
e nunca fico satisfeito,
nem acho que isso
é lá algum defeito.
Então, te esqueço hoje,
dou-te as costas
e vou-me embora.
Se deixar para amanhã,
não te esquecerei jamais.
À flor da pele
Todas aquelas flores
que um dia, eu dei,
voltaram em dores;
à flor da pele, fiquei.
Amigo da paciência,
me impacientei demais
na busca de perfumes
que ficaram para traz.
Busco em muitos corpos,
procuro em tantas camas
mas, continuo sozinho;
sem flores, só dramas.
que um dia, eu dei,
voltaram em dores;
à flor da pele, fiquei.
Amigo da paciência,
me impacientei demais
na busca de perfumes
que ficaram para traz.
Busco em muitos corpos,
procuro em tantas camas
mas, continuo sozinho;
sem flores, só dramas.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Malditos solitários ***
Compreendo agora, só agora,
o imenso vazio dos solitários.
Que a solidão, bateu-me à porta,
trazendo o frio que sempre traz.
Sei, talvez um pouco tarde demais,
do gosto amargo da saudade;
de se ter ainda, a louca vontade
daquela companhia que se foi.
Entendo agora, de andar só,
do espaço demais na cama
e da música que toca a alma
de quem ainda sabe que ama.
Carrego hoje, a terrível maldição
dos que levam dentro de si,
alguém que já não se encontra.
E no entanto, não sabem explicar
o que é essa ausente presença.
Malditos somos nós, solitários !
***Zeca Baleiro foi inspiração.
o imenso vazio dos solitários.
Que a solidão, bateu-me à porta,
trazendo o frio que sempre traz.
Sei, talvez um pouco tarde demais,
do gosto amargo da saudade;
de se ter ainda, a louca vontade
daquela companhia que se foi.
Entendo agora, de andar só,
do espaço demais na cama
e da música que toca a alma
de quem ainda sabe que ama.
Carrego hoje, a terrível maldição
dos que levam dentro de si,
alguém que já não se encontra.
E no entanto, não sabem explicar
o que é essa ausente presença.
Malditos somos nós, solitários !
***Zeca Baleiro foi inspiração.
Desarrumação
O carinho que me trouxeram,
foi muito, foi bonito e caro;
naquele corpo miúdo e raro,
uns tristes olhares vieram.
O amor, feito só de cores,
em amanheceres e sorrisos,
à quase me roubarem juízos
e darem-me tantos amores.
E, quando tudo isso passou,
no triste ocaso de um dia,
deixou um sabor de saudade.
Não foi tristeza o que ficou,
só não sinto o que antes sentia;
já não amo mais de verdade.
foi muito, foi bonito e caro;
naquele corpo miúdo e raro,
uns tristes olhares vieram.
O amor, feito só de cores,
em amanheceres e sorrisos,
à quase me roubarem juízos
e darem-me tantos amores.
E, quando tudo isso passou,
no triste ocaso de um dia,
deixou um sabor de saudade.
Não foi tristeza o que ficou,
só não sinto o que antes sentia;
já não amo mais de verdade.
sábado, 10 de abril de 2010
Solidões
Se não te encontrar hoje,
vou me acabar em dedos,
em vícios e em medos;
me fermentar ou destilar.
Desfilar as contradições
no mutismo da minh`alma,
procurando uma calma
nas solidões dos bares.
Se não te encontrar hoje,
sei que vou me perder
em procuras de querer;
abraços que não os teus.
Meus desgostos soltos
em lágrimas e sentimentos,
na busca d`algum momento
de paz, nos desamores.
Se hoje, não te abraçar,
morro a não mais poder,
porque quero te encontrar
pra não precisar morrer !
vou me acabar em dedos,
em vícios e em medos;
me fermentar ou destilar.
Desfilar as contradições
no mutismo da minh`alma,
procurando uma calma
nas solidões dos bares.
Se não te encontrar hoje,
sei que vou me perder
em procuras de querer;
abraços que não os teus.
Meus desgostos soltos
em lágrimas e sentimentos,
na busca d`algum momento
de paz, nos desamores.
Se hoje, não te abraçar,
morro a não mais poder,
porque quero te encontrar
pra não precisar morrer !
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Cinquenta e poucos são muitos
Dei cinquenta e poucos pra ela,
deu-me mais do que lhe pedi;
dos que até hoje, não vali,
deu-me os cinquenta e muitos.
Dei cinquenta e poucos pra ela,
quis ter-lhe dado muito menos,
porque as rugas que temos,
as devemos aos desamores.
Dei cinquenta e poucos pra ela,
que sorriu-me, encabulada.
Mas, não fosse a sua costela,
eu teria a idade de nada.
deu-me mais do que lhe pedi;
dos que até hoje, não vali,
deu-me os cinquenta e muitos.
Dei cinquenta e poucos pra ela,
quis ter-lhe dado muito menos,
porque as rugas que temos,
as devemos aos desamores.
Dei cinquenta e poucos pra ela,
que sorriu-me, encabulada.
Mas, não fosse a sua costela,
eu teria a idade de nada.
Querubins
A terra está cheia de anjos,
demônios, lá no céu estão,
sob o véu das boas intenções;
querubim é nosso coração.
Por isso, agora ando só.
Talves, até se atrapalhem
tantas brancas asas juntas,
até que os voos falhem.
Por isso, essa minha dó
de dividir companhia.
Que as mãos enlaçadas,
foram de vêz separadas
para aquele nosso adeus;
voei, com os olhos teus.
demônios, lá no céu estão,
sob o véu das boas intenções;
querubim é nosso coração.
Por isso, agora ando só.
Talves, até se atrapalhem
tantas brancas asas juntas,
até que os voos falhem.
Por isso, essa minha dó
de dividir companhia.
Que as mãos enlaçadas,
foram de vêz separadas
para aquele nosso adeus;
voei, com os olhos teus.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Espera
Um dia, resolvi ser romântico,
colhi flores,
fiz serenatas;
cânticos de amor.
Um dia, resolvi me apaixonar,
recolhi cores,
escrevi mil poemas;
virei bobo,
me vesti de palhaço.
Mas, já não tenho
sequer um traço
daquela minha paixão.
Só não esqueci as flores,
nem as serenatas;
guardei o arco íris,
que junto aos versos,
ficaram para outros amores.
colhi flores,
fiz serenatas;
cânticos de amor.
Um dia, resolvi me apaixonar,
recolhi cores,
escrevi mil poemas;
virei bobo,
me vesti de palhaço.
Mas, já não tenho
sequer um traço
daquela minha paixão.
Só não esqueci as flores,
nem as serenatas;
guardei o arco íris,
que junto aos versos,
ficaram para outros amores.
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