Hoje, sem ter o que fazer,
acordei um pouco mais cedo;
mais tempo para chorar
ou, quem sabe, até sorrir.
Mais tempo para ficar
à espera do que há de vir.
Alinhavei, para ocupar mãos,
o bordado que homens fazem
naquele cantinho, escondidos,
quietos, para ninguém ver
seus alinhavos e cerzidos;
costuras d' algum bem querer.
Hoje, sem ter o que fazer,
fui buscar antigas lembranças
de amores que em mim viveram.
E isso, nem sempre conforta,
porque as lágrimas, vieram
e a saudade, bateu à porta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário