Compreendo agora, só agora,
o imenso vazio dos solitários.
Que a solidão, bateu-me à porta,
trazendo o frio que sempre traz.
Sei, talvez um pouco tarde demais,
do gosto amargo da saudade;
de se ter ainda, a louca vontade
daquela companhia que se foi.
Entendo agora, de andar só,
do espaço demais na cama
e da música que toca a alma
de quem ainda sabe que ama.
Carrego hoje, a terrível maldição
dos que levam dentro de si,
alguém que já não se encontra.
E no entanto, não sabem explicar
o que é essa ausente presença.
Malditos somos nós, solitários !
***Zeca Baleiro foi inspiração.
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