sexta-feira, 9 de abril de 2010

Cinquenta e poucos são muitos

Dei cinquenta e poucos pra ela,
deu-me mais do que lhe pedi;
dos que até hoje, não vali,
deu-me os cinquenta e muitos.

Dei cinquenta e poucos pra ela,
quis ter-lhe dado muito menos,
porque as rugas que temos,
as devemos aos desamores.

Dei cinquenta e poucos pra ela,
que sorriu-me, encabulada.

Mas,  não fosse a sua costela,
eu teria a idade de nada.

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