A boca banguela sorriu
um sorriso sem dentes,
um riso sem graça
da infeliz vida dela.
E a mesma boca que riu,
xingou a desgraça pouca
que chegou tão depressa,
demorou-se um pouco mais
à tirar-lhe tantos ais.
Olhos estranhos esses,
que não mostram almas,
só riem assim, tristes.
Uns pálidos olhares
que não são janelas
de ninguém e de nada;
só mostram a tristeza,
de serem tão vulgares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário