terça-feira, 18 de agosto de 2009

Minha amiga

Ah! Minha amiga das doces palavras.
Dos olhos tão claros e meigos,
dos afagos em verbos
e da quentura que chega nos versos
feitos só para agradar
e que eu, meio sem jeito,
agradeço do meu modo; calo.
Não falo que fico abobado
com tantas doçuras vindas daí.
Não digo que fico meio besta
com as coisas lindas que li.

Minha doce amiga,
que se esconde em distâncias e lonjuras
mas, que fica assim, bem pertinho;
tão perto, que sinto o respirar.
Tão próxima, que até abre os olhos
para me mostrar a alma,
no poema que eu queria ter feito,
porque parece ter saído de mim.
Sabe, vou te confessar algo:
a tua sensibilidade me fere,
mas, é uma feridinha gostosa.
coceira de saudade e ternura,
da falta de alguém e de nós.
Daquele aconchego gostoso
nas noites de frio
e dos salgados dos suores
daqueles verões.

Ah! minha amiga,
que embora oculta, se faz presente
e que talves, sem nem mesmo querer,
é alívio e é prazer !

Um comentário:

Vera Celms disse...

Leão!!! ouvi falar dessa sua amiga que se "esconde" em lonjuras e cujo calor chega aos verbos e que te queima em caldas... quentes... doces e saudosas... ouvi falar dela por aqui também... lembranças a ela... e beijos a você Leão... Leoa...