segunda-feira, 8 de março de 2010

Mãe, mulher

Me criei na barra da saia de uma,
me soltei no mundo atrás d' outra
e me vi rodado na baiana d' alguma.
Cheirei flores e matos de tantas,
me alimentei em leites e licores
e me vi em cores e brancos.
E, no entanto, empalideci,
quase morri com o adeus dela.

Se pudesse, correria sempre
para os braços de mãe.
Se quisesse, levaria todas as minhas dores
para os abraços que confortam;
que uma coisa, aprendi só depois:
de todos aqueles caminhos,
só um valeu tanto a pena.
De todos os meus caminhos,
só o teu, entre uma centena !

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