A reconhecia de longe.
Pelo som que fazia;
um pocotó firme, compassado.
Quando cavalgávamos,
era uma beleza.
Não usávamos sela,
era em pelo;
pele contra pele,
esfregação gostosa,
puro animal.
A gente cavalgando
e o suor escorrendo.
Uma delícia de cavalgada.
Foi embora, porque a oferta
foi irrecusável.
Todos sabemos que o dinheiro
compra quase tudo.
Então se foi,
trocou minha grama, pela grana.
Ah ! Que saudades da Pocotó !
Pastando agora, noutros pastos,
que não são os meus !
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