sábado, 5 de dezembro de 2009

A mesma saudade

O pouco que restou de mim,
guardo, para uma volta, talves.
Enquanto isso, fico eu aqui,
ouvindo a voz quarenta e quatro
da Ana Carolina, cantando
sobre meninos e meninas.
Arremedos de dores,
que o poeta escreve,
em momentos cruéis
e que se ouvem nas favelas,
em loucos decibéis,
para o outro lado do mundo ouvir,
sentir que ainda faz falta.
Mas, se isso resolvesse,
ninguém jamais partiria.
As gargantas gritam e se agitam
em choros tantos e no entanto,
são saudades mal feitas;
desfeitas quando a cerveja vem,
acompanhada daquela moça
que sempre traz um novo amor.
Pois é, saudades são todas iguais...

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