terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Poetas

Teríamos um imenso vão,
não fossem tuas letras,
colocadas em nós, marcadas
feito verbos em ferro;
berro que com versos,
são rimas enciumadas;
moradas na garganta tua.
Teríamos por certo, solidão,
não fossem tuas vozes
atrozes gritos no escuro.
Então, porque será que eu
mesmo me procuro
nessa tua prosa ?
Seríamos por certo a razão
de tantas amarguras, não fossem
tuas canções de amores;
mágoas à sarar nossas dores !

Um comentário:

Vera Celms disse...

Leão, nossos berros não são verbos, são flores, são intenções que os Deuses nos ensinaram a rezar um dia!!! nossas dores não são dores, são talvez calores, por nos vermos chegar sem ter...
Mas em sonhos, a distância, nossos verbos são ânsias... relutâncias, reentrâncias... saliências... nada mais...
Mas nossos verbos são versos, são hinos de coragem, escondidinhos no peito um do outro... te adoro......... Leoa... FELIZ ANO NOVO... messssmo!!!