Quando as letras estiverem escritas,
já não serei eu talves, que as diga;
quem sabe, uma alma que as siga
nas asas, que o próprio vento agita.
Quando a prosa já não mais tiver
papas na língua, nem doce saliva,
que desprendeu-se da rima cativa,
não serei eu, o verso que houver.
Virá o verso, acostumado que está,
a tecer rimas que falavam de dor,
desdenhando belezas que outrora tinha.
Rimará a leveza da falta da vida que há,
achando simples agora, falar de amor;
entendendo enfim, o poema que vinha.
Um comentário:
Poeta, que linda escrita!!!
Beijos e paz!
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