segunda-feira, 5 de julho de 2010

Epigrafando

No final, me vejo morto
e em volta de mim,
amigos e irmãos.
Eu, que sempre fui torto,
sinto-me tão amado
e com tantas lágrimas,
acho que me purifiquei;
em prantos, fui lavado.

Com toda a seriedade
que a morte nos traz,
eu, já fora do corpo,
vejo até um meio sorriso
tão próprio de mim,
que sempre fui sem juízo.
Eu, à caminho de céus,
sinto que bem ou mal,
consegui ironicamente
desempenhar meu papel !

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