Saco cheio das paredes cinzentas
tapando todos os meus sóis,
afugentando minhas estrelas;
saudade dos meus rouxinóis.
Me enfeio, quando me enfio
nestas tantas sujas ruas,
nestes tão tristes becos;
esquinas sem nossas luas.
Impaciente com estes cavalos,
à rebrilharem esquisitas cores;
pangarés flatulentos, malcriados,
tão fedidos com seus odores.
Saco cheio destas multidões
que se preenchem só de vazios,
destas meninas sempre no cio,
dos McDonalds entupindo corações.
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