segunda-feira, 5 de julho de 2010

Letras

Poesias já nascem mortas.
Sobre todos estes papéis,
as letras estiradas, tortas,
queriam ter cores e pincéis.

Poemas que queriam tudo,
dentro de mim, gritavam
e ao saírem ficaram mudos
sobre o verbos que faltavam.

Calaram-se, envergonhadas,
na falta do mais puro amor.
E na ausência dele, a dor
cobriu toda beleza sonhada.

Um comentário:

Vera Celms disse...

Leão, não acho que as poesias já nascem mortas, acho que nascem disponíveis ao nosso espírito, ao nosso humor, ao nosso capricho e a nossa prontidão... Parabéns Leão...