Diferente aquele urubu.
Cor de rosa.
E não come carniça,
só come coisas gostosas.
Solitária, aquela ave voa só
e voa alto; perto do sol
e de todas as solidões.
Não estranha a sua cor
tão diferente.
Mas, os outros estranham.
E não lhe acompanham
em seus voos de alturas.
Prefere odores de rosas,
ao podre cheiro da carne.
Por isso, um dia cismou
e colheu a flor mais bela.
Aí, foi escorraçado.
Hoje, vive ao lado das garças.
Sequer ergue olhares saudosos.
Deixou o céu, que às vezes é negro;
fica na água, que é sempre azul.
Ou verde. Ou rosa.
2 comentários:
É aquilo de não ter como ser melhor, mas daí tu consegue e consegue.
Estou no Repouso das Letras!
Venha me ver!
http://repousodasletras.blogspot.com/2010/11/ao-final-do-dia.html
Beijos!
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