quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Partes desiguais

Dividi-me em dois.
Uma parte, está comigo
e da outra, não sei.
Somei-me em mil.
Mil pedaços de você,
nenhum pedaço de mim.
E sei lá, se me multiplico
para conseguir de ti,
todas as partes.
Porque algumas, estão aqui,
outras estão algures.

Ou dividi-me em mil.
Ou somei-me em dois.
Que loucuras faço eu,
se tiro partes de mim
e despudorado, me dou.
Se somo partes de ti,
sem saber sequer quem sou !

Um comentário:

Állyssen disse...

Seus poemas trazem com frequência um paradoxo... sempre presente em nossa vida... gosto disso.

Beijos!