No dito e no desdito,
a gente vai dizendo
e se desvendando;
também vai se vendo.
Fala-se muito ou pouco,
do amor que partiu;
do que ainda aqui,
finge-se que não viu.
Para que ir tão longe,
se aqui, bem perto,
fechamos os olhos
para alguém tão certo.
Ora, se o que se fala,
não se escreve
e o que se sonha,
não se descreve,
que sirva esse verso,
para longe ou perto.
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