Vamos fazer agora algo,
com aquilo que não é;
você entra com sonhos,
eu entro com a fé.
Deixemos os fantasmas
naqueles outros cantos,
joguemos fora os restos,
benzamos nossos espantos.
Beber de águas passadas
nos dá sêde demais;
aqueles tristes rostos,
rotos, enrugados, jamais.
Poemas futuros faremos,
com nossas luas e sóis;
à quem perguntar, diremos:
morreram outros, ficamos nós !
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