domingo, 8 de fevereiro de 2009

Sabores iguais

Me perco nos sonhos
dos teus olhos azuis ou verdes;
naqueles oceanos ou céus
tão profundos
e quando volto,
volto outro, tão diferente,
tão indecente.

Por isso, gosto
dos teus olhares poemas,
feitos sonetos, novenas.
Por isso, gosto
dos teus versos;
verbos que me arrastam
para junto de ti.
E imagino-te,
porque nunca te vi.

Imagino-me agora, contigo,
qual água da chuva
na tua soleira;
compassada e calma
feito uma goteira.
Molhados em salgados suores,
desaguamos os dois, iguais,
sem esquecermos jamais,
que temos os mesmos sabores.

Um comentário:

Vera Celms disse...

a minha lisonja pede que me procure no meu endereço... virtual... a resposta está lá... beijos