Eram tantas almas
inquietas e rebeldes,
que talves, descontentes
por terem um só corpo,
quiseram transformá-lo.
Mudaram tanto
aquele magérrimo ser,
que ao vê-lo crescer,
teve-se a nítida impressão
de que eram máscaras
sobrepostas, a esconderem
a face verdadeira.
O real, trancou-se
em tantos aposentos,
onde só a inocência
conseguiu entrar.
E aquele corpo,
que guardava tantos seres,
foi pouco para contê-los.
Não queria crescer; cresceu.
Queria tanto amar; morreu.
Agora, quem sabe,
encontre outras almas
iguais às suas.
Mister Presley, Mister Lennon
e tantos outros,
talves o recebam
com suas inquietudes e rebeldias.
Goodbye Mister Jackson !
Escrita estranha essa, da vida, à escrever bonito ou, às vêzes feio. À nos falar sorrindo ou, às vêzes meio...
sexta-feira, 26 de junho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Distâncias
Olho-te com olhares de distância,
imagino-te com olhares de amor
e se te olho e imagino o que for,
é porque dou-te ainda importância.
Olho-te com olhares de querência,
amaldiçoando destinos tão ingratos
e toda vêz, sei que me maltrato,
ao tentar entender tua ausência.
E nesses olhares parvos e perdidos,
tento aliviar essas minhas dores.
Mas, longe, corações são esquecidos;
apagam-se tantos passados e amores.
imagino-te com olhares de amor
e se te olho e imagino o que for,
é porque dou-te ainda importância.
Olho-te com olhares de querência,
amaldiçoando destinos tão ingratos
e toda vêz, sei que me maltrato,
ao tentar entender tua ausência.
E nesses olhares parvos e perdidos,
tento aliviar essas minhas dores.
Mas, longe, corações são esquecidos;
apagam-se tantos passados e amores.
sábado, 20 de junho de 2009
O som do silêncio
Amiga, o silêncio agora,
não tem mais onde se guardar
e ficar quietinho.
O silêncio hoje, é perturbado
pelo barulho que vem lá de fora.
Barulho que incomoda corações,
que atrapalha quietudes
e que corrompe mansidões.
Já não temos mais lugares,
prá sermos quietos,
porque o inquieto fala alto demais,
fala tão alto, que encobre
nosso sussurro, nossa reza.
Por isso, incomodados
cada vêz mais, pela algazarra
que vem de lá,
recolhemo-nos às nossas almas.
E, no barulho do nosso silêncio,
cruzamos olhares,
na esperança de que estes,
silenciosos, consigam se entender,
apenas em muda contemplação;
um silêncio, buscando o outro.
não tem mais onde se guardar
e ficar quietinho.
O silêncio hoje, é perturbado
pelo barulho que vem lá de fora.
Barulho que incomoda corações,
que atrapalha quietudes
e que corrompe mansidões.
Já não temos mais lugares,
prá sermos quietos,
porque o inquieto fala alto demais,
fala tão alto, que encobre
nosso sussurro, nossa reza.
Por isso, incomodados
cada vêz mais, pela algazarra
que vem de lá,
recolhemo-nos às nossas almas.
E, no barulho do nosso silêncio,
cruzamos olhares,
na esperança de que estes,
silenciosos, consigam se entender,
apenas em muda contemplação;
um silêncio, buscando o outro.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Encontros
Outra vêz, encontramo-nos
nestas esquinas, meninas
de olhares e cantos,
de sonhares e desencantos.
Nossos doces encontros
nas cores do arco íris.
Dos contrários e iguais;
mais que palavras dizemos,
sofremos em dores e ais.
Outra vêz, nestes cantos
abrem-se corações,
falam-se emoções
depois, calam-se;
a palavra tão eficiente,
não suficiente pra dizer,
querendo só morrer
ou correr noutros traços;
adormecer naqueles braços.
Que poemas são assim,
sorriem ao encontrar pares
ou choram se não os encontram.
Cantam em tantos bares
e se pintam e se vestem
e se aprontam.
Depois dizem: enfim, sós,
o verbo, o verso e nós !
nestas esquinas, meninas
de olhares e cantos,
de sonhares e desencantos.
Nossos doces encontros
nas cores do arco íris.
Dos contrários e iguais;
mais que palavras dizemos,
sofremos em dores e ais.
Outra vêz, nestes cantos
abrem-se corações,
falam-se emoções
depois, calam-se;
a palavra tão eficiente,
não suficiente pra dizer,
querendo só morrer
ou correr noutros traços;
adormecer naqueles braços.
Que poemas são assim,
sorriem ao encontrar pares
ou choram se não os encontram.
Cantam em tantos bares
e se pintam e se vestem
e se aprontam.
Depois dizem: enfim, sós,
o verbo, o verso e nós !
Leoa
Leoa, que em passo calmo e faceiro,
na lânquidez do seu jeito rainha,
na selva encanto, me encanta inteiro,
no maroto olhar da tua alma, na minha.
Eu, desacostumado de encontros, inteiro
me preencho nos versos de tuas selvas;
matas virgens, de cores e cheiros,
de úmidas, prazeirosas e doces relvas.
Que teus cabelos, reluzindo em sorrisos,
nos claros olhos de gata dengosa,
à convidarem quem sabe, ao paraíso
dos matos, dos rios, estrelas e rosas !
na lânquidez do seu jeito rainha,
na selva encanto, me encanta inteiro,
no maroto olhar da tua alma, na minha.
Eu, desacostumado de encontros, inteiro
me preencho nos versos de tuas selvas;
matas virgens, de cores e cheiros,
de úmidas, prazeirosas e doces relvas.
Que teus cabelos, reluzindo em sorrisos,
nos claros olhos de gata dengosa,
à convidarem quem sabe, ao paraíso
dos matos, dos rios, estrelas e rosas !
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Teu verbo
Não sei, se falaste
o que querias calar
ou, se calaste
o que querias falar.
Sei que soaram imundas,
algumas tuas palavras
ou, se fizeram rezas,
outras tantas que falavas.
E no comprimento, coube
no espaço da minha largura;
sem sobrar vazios e vãos,
fêz-se inteiro, só ternura.
Que santo verbo, é o teu,
se acomodando aqui, em paz;
controverso, feito o meu,
à espera do que o verbo traz.
o que querias calar
ou, se calaste
o que querias falar.
Sei que soaram imundas,
algumas tuas palavras
ou, se fizeram rezas,
outras tantas que falavas.
E no comprimento, coube
no espaço da minha largura;
sem sobrar vazios e vãos,
fêz-se inteiro, só ternura.
Que santo verbo, é o teu,
se acomodando aqui, em paz;
controverso, feito o meu,
à espera do que o verbo traz.
Meus avessos
Se a ter medo, eu me concedesse,
seria sempre, de mim o avesso,
seria tudo, até o que temesse,
teria então, o que não mereço.
Se quisesse unir-me em corpos,
deixaria calada essa minh'alma
n'algum canto; esquecidos portos
de onde eu voltasse com calma.
Mas, todo eu a ti me concedo,
não cesso a constante procura
por teu corpo, guardado algures.
Quase sempre, nem mesmo percebo
o tamanho da minha loucura;
que me afasto, embora te procure.
seria sempre, de mim o avesso,
seria tudo, até o que temesse,
teria então, o que não mereço.
Se quisesse unir-me em corpos,
deixaria calada essa minh'alma
n'algum canto; esquecidos portos
de onde eu voltasse com calma.
Mas, todo eu a ti me concedo,
não cesso a constante procura
por teu corpo, guardado algures.
Quase sempre, nem mesmo percebo
o tamanho da minha loucura;
que me afasto, embora te procure.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Namoradas
Minhas namoradas são tantas,
algumas são putas, outras santas;
com essas, são rezas e Ave Marias,
com aquelas me ajoelho na putaria.
Minhas namoradas são várias,
são bem casadas ou párias.
Vários os motivos para amá-las,
outros, para um dia abandoná-las.
Minhas namoradas são assim,
moças que só fazem rir de mim;
que sem motivos, se esfregam
e sem cerimônia, se entregam.
Minhas namoradas, todas poemas,
todas estrelas, luares e flores.
Maldizem, fazem também novenas;
amantes e amigas em risos e dores !
algumas são putas, outras santas;
com essas, são rezas e Ave Marias,
com aquelas me ajoelho na putaria.
Minhas namoradas são várias,
são bem casadas ou párias.
Vários os motivos para amá-las,
outros, para um dia abandoná-las.
Minhas namoradas são assim,
moças que só fazem rir de mim;
que sem motivos, se esfregam
e sem cerimônia, se entregam.
Minhas namoradas, todas poemas,
todas estrelas, luares e flores.
Maldizem, fazem também novenas;
amantes e amigas em risos e dores !
Tecido
O silêncio ecoa em finos fios,
tecido entre frases e traços;
tão brancos e tristes espaços,
apagados do olho que não viu.
Finos fios, entre frases tecidos,
ecoando em silêncio, esquecidos;
tristes espaços onde recolhe-se,
tão branco lado que olha-se.
E a brancura que agora nos cega,
espera o traço que certo virá.
Que a palavra em rima se entrega
a amores e dores, que o verso fará.
tecido entre frases e traços;
tão brancos e tristes espaços,
apagados do olho que não viu.
Finos fios, entre frases tecidos,
ecoando em silêncio, esquecidos;
tristes espaços onde recolhe-se,
tão branco lado que olha-se.
E a brancura que agora nos cega,
espera o traço que certo virá.
Que a palavra em rima se entrega
a amores e dores, que o verso fará.
Caducando
Feito nó, nos amarram o verbo,
que, preso entre letras e linhas
não sabe se diz choros ou risos;
se conta da tua vida e da minha.
Sendo só, se desfaz quando sai,
fica inócua, sem por a palavra,
esquece até o que queria falar
e que à pouco, ansiosa ensaiava.
Verbos são isso; se colocados,
indagam, sentem e machucam.
Poetas são assim; se calados,
divagam, resentem e caducam !
que, preso entre letras e linhas
não sabe se diz choros ou risos;
se conta da tua vida e da minha.
Sendo só, se desfaz quando sai,
fica inócua, sem por a palavra,
esquece até o que queria falar
e que à pouco, ansiosa ensaiava.
Verbos são isso; se colocados,
indagam, sentem e machucam.
Poetas são assim; se calados,
divagam, resentem e caducam !
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Velas
Aquele deus, não é o meu,
que sou ateu,
que não sou teu.
Aquele santo, que é tanto
teu encanto,
não é meu canto.
Sou das bagunças e rodas,
das cervejas e bordéis.
Sou das orgias e fodas,
dos quartos e motéis.
Por isso, não rezo as rezas
que tu prezas,
nem velo os mortos
que tu velas.
Minhas velas são aquelas
que acendo no escuro.
O céu ?
Ora, esse eu não procuro !
que sou ateu,
que não sou teu.
Aquele santo, que é tanto
teu encanto,
não é meu canto.
Sou das bagunças e rodas,
das cervejas e bordéis.
Sou das orgias e fodas,
dos quartos e motéis.
Por isso, não rezo as rezas
que tu prezas,
nem velo os mortos
que tu velas.
Minhas velas são aquelas
que acendo no escuro.
O céu ?
Ora, esse eu não procuro !
Grisalhos
O desalinho grisalho, em elegante e séria pose,
à olhar-me de frente, à lembrar-me de Rose,
que já tinha esquecido por trás de tantos anos
e já nem me lembrava, das feridas e danos.
Teu grisalho me veio e trouxe lembranças,
trouxe junto também, a danada esperança;
só um fio, é certo, que eu aqui à divagar,
esqueço que inexorável, é o tempo a passar.
Olhares orvalhos de nós dois;
grisalhas grinaldas de outrora,
orvalhadas no sereno de fora
e salgadas na ausência, depois.
à olhar-me de frente, à lembrar-me de Rose,
que já tinha esquecido por trás de tantos anos
e já nem me lembrava, das feridas e danos.
Teu grisalho me veio e trouxe lembranças,
trouxe junto também, a danada esperança;
só um fio, é certo, que eu aqui à divagar,
esqueço que inexorável, é o tempo a passar.
Olhares orvalhos de nós dois;
grisalhas grinaldas de outrora,
orvalhadas no sereno de fora
e salgadas na ausência, depois.
terça-feira, 9 de junho de 2009
A saudade
Ainda bem que chegaste.
Sabe a saudade ?
Pois é, aquela chata gritava
aqui dentro de mim toda hora;
fazia um barulhão danado.
Dê cá um abraço
e vamos faze-lá se aquietar,
dar um pouco de sossêgo.
Ah ! Sei bem, que vêz em quando,
é bom sentir uma saudadezinha,
mas, bem miudinha;
prá não machucar demais.
Faz crescer a nossa medida
de amor e querer.
Dê cá outro abraço
e promete prá mim uma coisa:
promete que vai ficar
um tempo maior dessa vêz.
Promete ?
Então, logo mais,
vamos matar a saudade danadinha;
lá na cama, que aliás,
também tá morrendo de saudades,
de você, de mim, de nós !
Sabe a saudade ?
Pois é, aquela chata gritava
aqui dentro de mim toda hora;
fazia um barulhão danado.
Dê cá um abraço
e vamos faze-lá se aquietar,
dar um pouco de sossêgo.
Ah ! Sei bem, que vêz em quando,
é bom sentir uma saudadezinha,
mas, bem miudinha;
prá não machucar demais.
Faz crescer a nossa medida
de amor e querer.
Dê cá outro abraço
e promete prá mim uma coisa:
promete que vai ficar
um tempo maior dessa vêz.
Promete ?
Então, logo mais,
vamos matar a saudade danadinha;
lá na cama, que aliás,
também tá morrendo de saudades,
de você, de mim, de nós !
Solidões
Não foi uma gota, o que te dei,
dei-me por inteiro e pegaste;
meus sais e açucares, temperaram
aquele chá de mim, que tomaste.
Não foi um pedaço, o que ficou,
me deixei completo e sem rasuras;
da minh'alma e corpo, conheces,
porque com êles, foste loucuras.
Agora, nem me procurar sei mais,
rotas e rumos perderam direções
e se você, não me procurar jamais,
serei sempre vazios e solidões.
dei-me por inteiro e pegaste;
meus sais e açucares, temperaram
aquele chá de mim, que tomaste.
Não foi um pedaço, o que ficou,
me deixei completo e sem rasuras;
da minh'alma e corpo, conheces,
porque com êles, foste loucuras.
Agora, nem me procurar sei mais,
rotas e rumos perderam direções
e se você, não me procurar jamais,
serei sempre vazios e solidões.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Revelando-se
Quando recolho sentimentos
e recolho-me nas minhas rezas,
a caneta escreve e chora,
pede mil perdões e implora.
Quando me recolho pedaços
e junto cacos de mim;
metades deixadas ao léu,
sinto mais perto, o céu.
Porque o poema me escancara,
raspa o que estava grudado;
desce véus, cortinas, desmascara
e revela o que era guardado.
e recolho-me nas minhas rezas,
a caneta escreve e chora,
pede mil perdões e implora.
Quando me recolho pedaços
e junto cacos de mim;
metades deixadas ao léu,
sinto mais perto, o céu.
Porque o poema me escancara,
raspa o que estava grudado;
desce véus, cortinas, desmascara
e revela o que era guardado.
sábado, 6 de junho de 2009
Pardais
Naquele tempo, éramos um bando;
bando de andorinhas, de pardais.
Época da pelada na praia,
do jambolão e da tubaína
na venda da esquina.
Do olhar pelas frestas
prá ver a prima se trocando
e a gente, se tocando
no solitário gozo das mãos.
Da mãe chamando pro almoço,
que na maioria das vêzes,
era sem mistura,
mas, que engolíamos com gosto.
Do gol caixote sagrado,
jogado na rua e que às vêzes,
destruia unhas e dedos.
Do mêdo de dizer prá menina,
que estávamos sim, apaixonados,
então, guardávamos segredo,
até chegar o primeiro beijo dado.
Hoje, olhamos filhos e netos
e nos perguntamos onde estão
os barulhos e as bagunças
dos nossos novos pardais.
Onde estão as pipas, balões
e matinês dos domingos à tarde ?
E, porque tudo isso se foi,
resta-nos recordar
e enfim, sómente rezar !
bando de andorinhas, de pardais.
Época da pelada na praia,
do jambolão e da tubaína
na venda da esquina.
Do olhar pelas frestas
prá ver a prima se trocando
e a gente, se tocando
no solitário gozo das mãos.
Da mãe chamando pro almoço,
que na maioria das vêzes,
era sem mistura,
mas, que engolíamos com gosto.
Do gol caixote sagrado,
jogado na rua e que às vêzes,
destruia unhas e dedos.
Do mêdo de dizer prá menina,
que estávamos sim, apaixonados,
então, guardávamos segredo,
até chegar o primeiro beijo dado.
Hoje, olhamos filhos e netos
e nos perguntamos onde estão
os barulhos e as bagunças
dos nossos novos pardais.
Onde estão as pipas, balões
e matinês dos domingos à tarde ?
E, porque tudo isso se foi,
resta-nos recordar
e enfim, sómente rezar !
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Sublime
O nosso pecado, nem é pecado,
é mais um certo desacato;
pacato roçar de corpos
que eriçam pêlos e peles.
É uma esfregação de almas,
que já não vivem mais sós;
nós que se ataram firmes
em ingênuos desalinhos.
Caminhos que, paralelos,
às vêzes se tocam.
O nosso pecado, é namoro
que nos divide um pouco,
para juntar lá na frente;
indecente sussurro do vento,
que traz recados aos ouvidos
e estes, nem sempre escutam,
fazem-se surdos e moucos.
Poucos somos e bastante
para se contentar conosco.
Somos tudo isso em enrosco
e por isso, só por isso,
nosso pecado nos salva,
nos dá asas e rezas.
Então, oramos aos nossos santos,
nem tanto atrás de perdão
e fazemos dos nossos corpos,
a nossa santa oração !
é mais um certo desacato;
pacato roçar de corpos
que eriçam pêlos e peles.
É uma esfregação de almas,
que já não vivem mais sós;
nós que se ataram firmes
em ingênuos desalinhos.
Caminhos que, paralelos,
às vêzes se tocam.
O nosso pecado, é namoro
que nos divide um pouco,
para juntar lá na frente;
indecente sussurro do vento,
que traz recados aos ouvidos
e estes, nem sempre escutam,
fazem-se surdos e moucos.
Poucos somos e bastante
para se contentar conosco.
Somos tudo isso em enrosco
e por isso, só por isso,
nosso pecado nos salva,
nos dá asas e rezas.
Então, oramos aos nossos santos,
nem tanto atrás de perdão
e fazemos dos nossos corpos,
a nossa santa oração !
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Brilhante
No contorno desse teu corpo,
resvala a luz, agora ansiosa,
envergonhada ao te pedir
abraços, de forma indecorosa.
Então, disfarça o próprio brilho
e sonha, com olhos abertos,
porque não quer te roubar
toda a claridade, decerto.
E em pingos de luz, aos poucos,
te bebe em pequenas estrelas
e em volta de ti, permanece
protegendo-te de tantos loucos,
que crescem olhares ao vê-la
e fingem dizer-te uma prece.
resvala a luz, agora ansiosa,
envergonhada ao te pedir
abraços, de forma indecorosa.
Então, disfarça o próprio brilho
e sonha, com olhos abertos,
porque não quer te roubar
toda a claridade, decerto.
E em pingos de luz, aos poucos,
te bebe em pequenas estrelas
e em volta de ti, permanece
protegendo-te de tantos loucos,
que crescem olhares ao vê-la
e fingem dizer-te uma prece.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Orações
Contigo, dou uma trela,
ainda faço um cerzido,
vou de boca no cosido.
Me pego rezando alto
ao santo que não existe,
à praga que se maldisse.
Contigo, sou super herói
sem máscara e sem capa,
aguento na cara, tapa.
Me pego sonhando tudo,
às vêzes, até acordado
e fico meio embriagado.
Contigo, me enrolo em véus,
fico nú, sem vergonha alguma.
Descubro em mim, tantos céus
e rezo, oração nenhuma !
ainda faço um cerzido,
vou de boca no cosido.
Me pego rezando alto
ao santo que não existe,
à praga que se maldisse.
Contigo, sou super herói
sem máscara e sem capa,
aguento na cara, tapa.
Me pego sonhando tudo,
às vêzes, até acordado
e fico meio embriagado.
Contigo, me enrolo em véus,
fico nú, sem vergonha alguma.
Descubro em mim, tantos céus
e rezo, oração nenhuma !
Cartas na manga
Que vários caminhos,
temos em nós,
todos cheios de carinhos,
transbordando infindas
ternuras;
fazendo ser tão doce,
essa nossa amargura.
Que vários truques,
temos nas mangas,
antes que caduque
o nosso jeito de amar
e à lindos amores,
poder nos entregar.
Antes que tudo se apague,
temos tanta amizade linda.
Antes que o escuro nos trague,
seremos felizes ainda !
temos em nós,
todos cheios de carinhos,
transbordando infindas
ternuras;
fazendo ser tão doce,
essa nossa amargura.
Que vários truques,
temos nas mangas,
antes que caduque
o nosso jeito de amar
e à lindos amores,
poder nos entregar.
Antes que tudo se apague,
temos tanta amizade linda.
Antes que o escuro nos trague,
seremos felizes ainda !
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