No contorno desse teu corpo,
resvala a luz, agora ansiosa,
envergonhada ao te pedir
abraços, de forma indecorosa.
Então, disfarça o próprio brilho
e sonha, com olhos abertos,
porque não quer te roubar
toda a claridade, decerto.
E em pingos de luz, aos poucos,
te bebe em pequenas estrelas
e em volta de ti, permanece
protegendo-te de tantos loucos,
que crescem olhares ao vê-la
e fingem dizer-te uma prece.
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