E aquela boca, se abriu prá mim,
rubra de vinho, pecado e amor;
eu, que me perdi noutras línguas
tão secas, áridas, feitas de dor.
Uma boca de criança ou senhora,
a me lamber e sussurrar gostosuras,
a me falar com versos de luxúria;
embalados bombons de ternuras.
Boca que entre tantas, me chamou
de amores, com verbos ousados.
Que quando me viu risos, então calou;
gemendo, gozando, deu-me bombocados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário