quarta-feira, 1 de julho de 2009

Bombocados

E aquela boca, se abriu prá mim,
rubra de vinho, pecado e amor;
eu, que me perdi noutras línguas
tão secas, áridas, feitas de dor.

Uma boca de criança ou senhora,
a me lamber e sussurrar gostosuras,
a me falar com versos de luxúria;
embalados bombons de ternuras.

Boca que entre tantas, me chamou
de amores, com verbos ousados.

Que quando me viu risos, então calou;
gemendo, gozando, deu-me bombocados.

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