De braços dados,
embolados em abraços,
seguimos fazendo traços,
despimos almas em poemas
e nos fazemos pontos,
virgulas e tremas.
Somos sonetos desatinos,
meninos brincando risos,
bambolê de rimas e versos,
inversos da vida doída;
doidas frases ao acaso.
Eu caso com tuas letras,
rimando em mim, tua vida
e na ida, levo flores
prá trocar com tuas dores.
Que flores e cores
se encontrando,
se farão nossos amores.
Acho tão linda essa virgula;
minha perninha caída,
pendurada na beiradinha,
pedindo ajuda prá ficar
e se encostar no ponto teu,
que só faz é me chamar !
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