terça-feira, 8 de setembro de 2009

Borrão

Um rosto torto, no espelho,
toda vêz que me olho.
No espelho, um torto rosto,
que me olha toda vêz.

Um verso triste, sem rima,
é o que sai da caneta.
Sem rima, o verso é triste,
quando da caneta sai.

Um rosto torto, que olha
o verso triste da caneta.
uma lágrima cai e molha,
entorta também a letra.

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