quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Na trave

Enquanto ela chupava,
êle fazia o possível para estar ali.
Mas, estava pensando noutra pelada,
a de domingo, quando seu time,
por pura incompetência sua,
tinha perdido.
Se o seu pau estava ali,
ainda a meio caminho de ficar duro,
só tinha cabeça para lembrar
do outro pau; o da trave.
Igual ao seu, o danado
tinha lhe pregado uma boa peça.
No penalti, tinha feito uma cobrança
quase perfeita.
Quase, porque a bola não entrou,
bateu na trave.
E com isso, deram adeus ao empate,
quiçá à vitória.
Assim, sem querer, lembrando
do terrível momento,
mordeu o grelo.
Ela gritou e isso então,
foi o suficiente para endurece-lo de vêz.
Ela notou a dureza e rápido
-porque aquilo não acontecia sempre-
o montou.
Mexeu-se frenéticamente
para gozar, antes que fosse tarde.
E gozou.
Gozou quando êle começou a amolecer.
Fazia tempo que não gozava assim, nêle.
No que será que estaria pensando,
para ter ficado duro daquele jeito ?
O filho da puta, decerto,
estava pensando na outra.
Mas, tudo bem,
desde que ficasse furo, não importava.
Pensando bem, importava sim.
Será que êle conseguia gozar
com a outra ?
Ou só batia na trave,
como fazia com êle ?
Levantou-se e foi tomar banho.
Deixou-o ali, pensando ainda
no penalti perdido.
E além disto, a mulher
fingindo gozar. Ora essa !
Virou-se e dormiu.
Sonhou com o penalti.
Só que o goleiro era ela.
No centro do gol, nua,
pedia para que batesse.
E êle bateu.
Dessa vêz, marcou o gol.
E que golaço !

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