No fogão à lenha,
empretecia panelas
com aquele negrume,
que era o que dava sabor
na comida da roça.
No rosário e no livro
embrulhados no lenço,
levava toda a fé.
No esguio, magro corpo,
no pergaminho da pele
carregava vidas e lidas.
Nas rezas e curas,
quantas Aves Marias
Nhá Chiquinha dizia.
Até os netos, que crianças,
não sabiam rezar,
foram curados de dores.
E nem souberam do dia
em que ela partiu.
Decerto, apenas dormiu
e acordou com Deus !
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