Lembro que éramos mulheres
e compreendíamos tudo,
naqueles olhares mudos.
Sabíamos das dores alheias
e éramos tratadas de putas,
embora fôssemos santas;
sem velas ou rezas tantas,
nos cuspiam águas tragadas.
Lembro que éramos femininas
e nos deitávamos esquecidas
das crianças que eram paridas
já tão velhas e sem rostos.
E embora fôssemos bravias,
nos entregávamos, infantis,
éramos todas tão servis;
dávamos o que em nós havia.
Um comentário:
Leão, isso é servidão, beirando a submissão... hoje, realmente, dificil encontrar isso, mas quando são encontradas, os homens também são servis, eternos apaixonados... ou não? beijos da Leoa...
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