quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Soneto manco

De todos os olhares que olharam,
veio aquele, lacrimoso e molhado;
dos muitos sorrisos que deram,
que me cairam, igual mal olhado.

Apaixonei-me por aqueles andares,
no ir e vir daquelas estradas tuas,
nos corpos tristes, de tristes olhares,
nas madrugadas perdidas naquelas ruas.

E foi assim, que nasceu o manco soneto;
no olhar, no riso defeituoso e cruel
daquelas mulheres dos bares da vida.

No pecado da carne, que já não cometo,
no copo de vinho, transformado em fel,
na lembrança da flor desfolhada, ferida !

2 comentários:

Vera Celms disse...

te vejo aqui observador da vida.
e queria te ver navegador
te vejo aqui em mirante seguro
queria te ver se lançando, sem rede
te vejo aqui lembrando
e queria te ver feliz
na lembrança há melancolia
e na vida tem de haver alegria...

liga pra mim, chora por mim, náo, náo chora por...
desculpe... foi mais forte que eu, tive de ter dar uma "cantada"... sorria vc está sendo observado...

Állyssen disse...

Mas que lindo soneto!
Que delícia de ler!
Adorei!

Obrigada pela sua visita em meu humilde espaço!

Forte abraço!