sábado, 31 de outubro de 2009

Igual a Poe

Igual a Poe (o Edgar),
sou corvo, cobra e peste.
sorvo o que me sobra,
recolho o que me reste.
E nas dobras da capa,
escondo um mundo atroz;
se me segue, te aviso :
guarda um pouco da voz.
Que o grito será teu,
pelos pecados que cometo.
Vê aquela estrela, longe ?
Pois ela, não te prometo.

Tenho cá meus segredos
mas, dar-te, não posso
sem revelar os teus medos
ou os de todos, os nossos.

Não, contigo não posso ficar,
os meus pesadelos são outros;
iguais aos de Poe (o Edgar).

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