Uma canção seca,
árida como a terra de Elomar;
sertão que não virou mar.
Que se engole à seco,
apenas no som da viola;
nota esturricada,
que queima e esfola.
Uma certa canção
que se diz:
nasceu do peito sofrido,
magro e esfomeado.
Aquele canto esquecido,
na teimosia que encanta,
feito pedinte qualquer,
porque foi desgarrado
um dia, de pais, de filhos
e de mulher.
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