Minhas coisas todas
cabem em uma caixa
de papelão.
Minhas cismas, minhas dores,
minh'alma, meus ossos
e meu coração.
Nossas coisas todas
não nos cabem mais,
nem sabem de nós.
Por isso, jogamos fora
nossas pedras e pós.
Das coisas nossas
que ainda ficaram,
tão restos, tão cacos,
são rotos, são trapos
que nos restaram.
2 comentários:
Sua poesia traz o conhecimento milenar das relações... me dá essa sensação...
=)
Tu consegue melhorar sempre e sempre. Em quais fontes bebes?
Realmente no final só resta os trapos, parabéns.
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