sábado, 30 de outubro de 2010

Mudança

Minhas coisas todas
cabem em uma caixa
de papelão.
Minhas cismas, minhas dores,
minh'alma, meus ossos
e meu coração.

Nossas coisas todas
não nos cabem mais,
nem sabem de nós.
Por isso, jogamos fora
nossas pedras e pós.

Das coisas nossas
que ainda ficaram,
tão restos, tão cacos,
são rotos, são trapos
que nos restaram.

2 comentários:

Állyssen disse...

Sua poesia traz o conhecimento milenar das relações... me dá essa sensação...

=)

Anônimo disse...

Tu consegue melhorar sempre e sempre. Em quais fontes bebes?

Realmente no final só resta os trapos, parabéns.