terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Canibal

Canibal que sou,
quero agora
saciar-me contigo.
Animal, eu vou
primeiro ser amigo
depois, igual, pior
que outros todos;
cheio de vícios,
mentiras, emgôdos.

Então, vá depressa
depois do amor.
Não dê, nem peça
mais do que isso,
que só o que resta
agora, é dor;
a parte que presta
e ama ainda,
rápido adormece
e na hora seguinte,
te nega, esquece.

É assim que sou:
chupo teus ossos,
idolatro e amo
o mais que posso.
Depois, te jogo
sempre ao acaso;
me limpo de ti,
te peço, te rogo
que partas urgente,
prá depois, amanhã,
devorar-te novamente!

Nenhum comentário: