Foi-se, afogado em cachaça
e deixou-me como herança
a incapacidade da graça;
partiu, deixando lembranças.
Apanhou bastante da vida,
também bateu um bocado;
acho que na hora da ida,
permaneceu sério e calado.
Pouco, muito pouco deixou,
apenas imagens e retratos.
Do seu jeito, sei que amou,
apesar de tanto maltrato.
Talvez, se vivo estivesse,
boiadeiro ou até dono de bar,
seria o que bem quisesse,
com tantos filhos para amar.
Um comentário:
Todos tem seu jeito de amar, por mais estranho que às vezes possa parecer...
Grande abraço, amigo!
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