sábado, 7 de novembro de 2009

Anuro

Sem claro,
sem olhos,
sem faro.
Sem dias,
sem fins,
sem tia.

O pobre sem rabo,
sem rabo viveu.
Desrabado, morreu.

Sem cores,
sem noites,
sem flores.
Sem risos,
sem rimas,
sem juízo.

Se quiseram enrabar,
ninguém sabe, ninguém viu.
Do jeito que veio, sumiu.

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