terça-feira, 17 de novembro de 2009

Dasdores, das ruas

Escondeu o rosto, a cara de pau,
com vergonha da puta que a pariu.
Não olhou para trás;
simplesmente pegou seus restos
e nunca mais, alguém a viu.

Se escondeu por aí, apanhou na cara,
virou sem vergonha, criou craqueiros
que não olharam para trás;
só pegaram os magros corpos
e a carona nos brancos cheiros.

Virou amiga das prostitutas,
ficou companheira dos viados,
dos travecos malcriados.
Empinou a bunda e foi à luta.
E de fome, não morreu
mas, sofreu. Ah ! como sofreu !

Um comentário:

Vera Celms disse...

Leão, gostei disso... essa verdade cravada de realidades... Parabéns... Leoa