Esconder-se igual a um ladrão,
da vida que te oferece o brilho;
cortejar com desmesurada alegria,
a morte que te carrega o filho.
Pairar feito nuvem, ao acaso
e escolher ser só tempestades
ao invés do ameno frescor,
que traz a delicada saudade.
Mirar-se no espelho, todo dia,
afeiçoando-se cada vêz mais
àquela pálida beleza que tens,
é acreditar que não caberia
o triste ar da feiura, jamais;
é querer o sol que não vem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário