Morreria com todas as dores,
deixaria todos os amores,
se me pedisses.
Se eu abrisse
todas essas minhas almas,
ficaria nú, ao espelho,
se me olhasses.
Se eu ficasse
sem o meu corpo
e me entregasse todo,
por certo estaria morto.
Me enterraria,
me contentaria
em viver só em ti.
Daria adeus aos anjos
e aos demônios,
para morar contigo.
Se eu pudesse
e se eu quisesse,
moraríamos um no outro,
comeríamos um ao outro;
beberíamos da taça
que é nosso ser.
Mas, o que fazer,
se somos a invenção
de tantos contrários
e por mais que tentemos,
continuamos sózinhos ?
Ah ! Que tristeza,
esses nossos caminhos !
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