De tanto me esfregar em ti,
perdi o cheiro, fiquei com o teu,
perdi a pele, fiquei com a tua;
você, escorrendo nos vãos meus.
De tanto me conter em ti,
perdi todas as minhas medidas
e não caibo mais em mim;
fujo e escorro pelas saídas.
De tanto querer por demais,
me esqueci n'algum canto qualquer
da tua alma e do teu corpo.
E não sei, se bem me faz,
querer-te inteirinha, minha mulher,
que já não sou eu, meu porto !
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