terça-feira, 14 de setembro de 2010

Bocas

Lindas bocas, bocas nuas
à darem-se para tudo,
ainda com cheiros tantos;
tontos todos que as beijaram.
Lindas bocas, nuas, roucas,
à despirem-se despudoradas,
em beijos longos e molhados;
melados das línguas ávidas,
impávidas que se embrenharam.

As bocas todas eram santas,
tantas eram putas bocas,
que um dia se emprenharam
nas salivas daquelas loucas.

Um comentário:

Állyssen disse...

Bocas tortas e rotas de tantos beijos... mas logo se desamassam e dão-se novamente, lascivas...

=)

Lindo escrito!!