Teu silêncio caiu sobre mim
estrondosamente cruel.
Vi-me no vazio;
vai e vem do rapel,
perguntando se caia
aos poucos ou de todo.
Porque teu mutismo,
sempre me incomoda,
ecoa nas paredes minhas.
Antes, um simples oi.
E ele me doía menos,
dizia-me muito mais;
usava essas vogais
como se fossem
demoradas conversas.
Até que, esquecido o oi,
falta também a vontade
de um simples aceno;
coragem para o adeus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário