sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Mudez

Calado, quando daquela espera
e morto,
se poemas teus findaram.
Para quem não gostava
de doce,
lambuzo-me a mais não poder.

Me perdi nos versos que rimei
na tua mudez
e se êles calaram,
eu mudei.

Um comentário:

Vera Celms disse...

FASES LEONINAS

Ainda que me reconheça,
Perdida no meio das tuas letras,
Nem sei se eu rimo com alguma coisa,
Com desejo, com lampejo,
Com um flash ou uma idéia,
Ainda assim, seria pretensão,
Achar meus todos os claros olhos,
Imaginar que em toda lonjura eu moro,
Achar que a mudez que incomoda seja a minha
E que os versos em caldas em que se lambuza,
Vem com o cheiro do meu fogão,
Talvez se te cercasse menos,
Talvez me procurasse mais,
Quem sabe se saíssemos do anonimato,
Desse bate não bate,
Desse rebate e volta,
Quem sabe no vai vem das tuas ondas,
Caías de saudade, aqui em Sampa
Muda não Leão, muda não...
beijos da LEOA...